Se sentindo insuficiente ou incompetente? Cuidado com a Síndrome do Impostor

Em algum momento da vida todos nós nos sentimos inseguros, é normal, ainda mais em uma sociedade que busca a perfeição em tempo recorde. Porém, para alguns, a insegurança se torna uma constante, se transforma em pensamento de “será que sou suficiente? Será que sou mesmo competente? Será que eu deveria receber mesmo essa promoção?”.

A insegurança exacerbada, que faz com que o indivíduo se sinta como uma fraude, está ligada à Síndrome do Impostor. Um tema que tem sido bastante debatido nos últimos tempos.

Mas, o que é?

A Síndrome do Impostor, mesmo não sendo classificada como um transtorno mental pela Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta milhares de pessoas todos os dias1. Ela é caracterizada pela autossabotagem e pelos sentimentos de incapacidade e insuficiência. Também está ligada à baixa autoestima1,2

A insegurança gera pensamentos e julgamentos sobre si próprio de  “eu não sou capaz”, “eu não sou boa o suficiente”, que desconectam a pessoa da realidade e influenciam a autopercepção.

Além da autossabotagem e da autodepreciação, outros sintomas dessa síndrome são o sentimento de não pertencimento, a ansiedade, a ingratidão, a procrastinação, a comparação e a autocrítica em excesso.

Quem convive com a síndrome vive em um estado de autovigilância constante, porque tem medo de que a avaliação de outros mostre quem ela realmente é. Também vive em busca de um perfeccionismo que não existe. Assim, esse modo de alerta constante pode gerar esgotamento, raiva, tristeza e depressão1,3.

Como lidar

Pessoas muito perfeccionistas têm medo de pedir ajuda, porque isso mostraria à outra pessoa uma falha, então pedir ajuda é sinal de fraqueza, de imperfeição. Contudo, para quem sofre com essa síndrome, a ajuda profissional é muito importante. A terapia não só vai ajudar a enxergar e perceber as raízes da insegurança, mas também vai melhorar a qualidade de vida.

Existem dicas simples que podem ajudar uma pessoa a se conhecer melhor, e assim evitar os comportamentos ligados à Síndrome do Impostor:

1 –  Cuidado com os pensamentos negativos sobre si. Quando eles aparecerem, veja se são mesmo verdade. Reconhecer esses maus pensamentos sobre si é o primeiro passo3.

2 – Pergunte a outras pessoas como elas veem você. Pode ser muito útil ouvir de amigos ou de colegas de trabalho como eles te enxergam2,3.

3 – Cuidado com as expectativas irrealistas sobre si mesmo3. Por exemplo, você não vai ser um tenista profissional em seis semanas de aulas.

4 – Comemore cada uma das suas conquistas. É importante se dar o tempo de comemorar antes de seguir para o próximo desafio3.

5 – Tenha compaixão com você mesmo, cuidar de si é fundamental3. Nessa hora, um hobbie ou uma atividade física podem te ajudar.

1 – MANZINI, Isabelle. Síndrome do impostor: quem pode desenvolver, sintomas, e tratamento. Drauzio – Uol, 2022. Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/sindrome-do-impostor-quem-pode-desenvolver-sintomas-e-tratamento/. Acesso em: 16 jul 2024.

2 – Síndrome do impostor: o que é e como pode atrapalhar profissionais a se desenvolverem na carreira. Na Prática, 2023. Disponível em https://www.napratica.org.br/o-que-e-sindrome-do-impostor/. Acesso em: 16 jul 2024.

3 – HERNÁNDEZ, Alicia. 6 conselhos para superar a síndrome do impostor e melhorar autoestima. BBC News Brasil, 2024. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/articles/crg9v14ylrgo. Acesso em: 16 jul 2024.

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