Os segredos do bem estar

Sabe aquela sensação gostosa de comer uma barra de chocolate, fazer compras, escutar a sua música favorita, ou quando você termina o treino na academia, ou é elogiado em público, quando você toma sol ou até aquele medo de ser mandado embora do trabalho? 

Então, muitas pessoas se perguntam: porque nos sentimos tão bem ou tão mal com situações do cotidiano? Na verdade existem minúsculas moléculas dentro dos neurônios, responsáveis pela comunicação neural química, conhecidos como NEUROTRANSMISSORES. 

Bilhões de moléculas de neurotransmissores trabalham para manter nosso cérebro funcionando, desde a respiração, batimentos cardíacos, até os níveis de aprendizagem e concentração. Eles também podem afetar várias funções psicológicas, como medo, humor, prazer e alegria⁽¹⁾. 

Do ponto de vista evolutivo, somos recompensados fisiologicamente quando fazemos algo que tem um impacto positivo para a sobrevivência e alertados quando a nossa sobrevivência está sob ameaça. 

Os Neurotransmissores têm um papel preponderante em nossas vidas porque influenciam as emoções, o humor e a maneira de agir.

Esses químicos são responsáveis por recompensar e alertar o nosso organismo. Dessa maneira, modulam o nosso comportamento, influenciando-o a repetir tudo aquilo que nos faz sentir bem, evitando aquilo que faz sentir mal e alertando sobre ameaças. 

Essas moléculas são classificadas pelas suas funcionalidades, que podem ser excitatórias, inibitória e moduladoras⁽¹⁾. 

Conheça um pouco mais sobre os principais tipos de neurotransmissores: 

A dopamina cria uma sensação de excitação quando você espera uma recompensa. A dopamina lhes dá uma sensação boa quando se aproximam de um recurso potencial⁽²⁾. 

A serotonina cria uma sensação de calma e bem-estar quando você ganha uma vantagem social. A seleção natural construiu um cérebro que se compara continuamente aos outros e recompensa você com uma sensação boa quando você está em uma posição de força⁽²⁾. 

A oxitocina cria a boa sensação de apoio social. Do ponto de vista evolutivo, deixar o grupo pode significar a morte, então o cérebro o recompensa com oxitocina quando você tem segurança em números⁽²⁾. 

A endorfina é desencadeada pela dor física. Ele mascara a dor com uma sensação de euforia, o que dá ao corpo ferido a chance de correr para salvar sua vida⁽²⁾. 

O cortisol é o alarme de emergência do corpo. É desencadeado pela dor e pela antecipação da dor. A sensação ruim do cortisol motiva o corpo a agir com urgência para fazê-lo parar. O cortisol sinaliza ameaças internas, como fome, frio ou ferimentos; e ameaças externas, como desaprovação e isolamento social⁽²⁾. 

Podemos estimular a produção desses recursos químicos de maneira natural ou através de medicamentos.

Você pode construir um novo circuito de dopamina definindo uma pequena meta todos os dias e tomando medidas para alcançá-la⁽²⁾. 

Também pode construir um novo circuito de serotonina concentrando-se no valor do que você tem, em vez de focar nas coisas que você não tem⁽²⁾. 

Porém, você não pode construir um circuito de endorfina porque é preciso cada vez mais dor para acioná-lo, e isso o inunda com cortisol. Felizmente, rir desencadeia um pouco de endorfina porque sacode suas vísceras⁽²⁾. 

A melhor sensação de todas, para o cérebro dos mamíferos, é o alívio do cortisol. Qualquer coisa que alivie um sentimento de ameaça vale mais do que qualquer recompensa ⁽³⁾.

Trazer à tona o conhecimento dos neurotransmissores contribuem para compreender como os seus pensamentos e atitudes podem influenciar no seu bem estar ⁽³⁾.